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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Aula 29/11/11


   Não houve aula




     Alessandra viajou, mas sugeriu leitura para melhor atuação da turma na próxima oficina

Aula 22/11/11

Foram apresentadas duas oficinas neste dia:

1 - Grupo 05 - Competências Didáticas para o Ensino.

                  Este grupo tratou, apoiados pelo teórico Perrenoud, das competências necessárias ao ensino. Foram ditas e discutidas dez competências:


Organizar e dirigir situações de aprendizagem
Administrar a progressão das aprendizagens
Conceber e fazer evoluir os dispositivos de diferenciação
Envolver os alunos em suas aprendizagens e em seu trabalho
Trabalhar em equipe
 Participar da administração da escola
Informar e envolver os pais
Utilizar novas tecnologias
Enfrentar os deveres e os dilemas éticos da profissão
Administrar sua própria formação continua


           Vale ressaltar que todos os tópicos vem sendo discutidos ao longo do curso, portanto, para mim, este trabalho serviu como um apanhado geral da disciplina, aliás, parabenizo de antemão Alessandra pela competência com que organizou a disciplina.
              Mais uma vez percebemos o quão importante é pensar a prática de ensino, especialmente em um país, onde essa questão (o ensino) não parece ser realmente compreendida, ainda, como um poderoso meio de transformação dessa nossa - tantas vezes - dura realidade de vida.

2- Grupo 06 - Teorias de Currículo e Didática

                  Esse grupo tratou das questões curriculares, mais pontualmente da importância da montagem de um currículo. O ponto mais significativo - para mim - foi a conclusão geral sobre a necessidade de, ao se elencar  os componentes curriculares de um curso, compreender que essas escolhas serão formadoras de indivíduos, ou seja, é preciso pensar sempre que vidas serão modificadas pelo contado com aqueles saberes.
                  Como essa foi a última apresentação do dia, não houve tempo suficiente para a prática que o grupo quis sugerir aos colegas, mas nós a faremos na próxima aula.


                 Outro passo desse dia foi a auto-avaliação dos grupos que já apresentaram, caso do grupo que faço parte. Foram elencados pela Alessandra 10 tópicos para análise, que deveriam ser pontuados como: RUIM, INSUFICIENTE, BOM, ou EXCELENTE:


Integração da equipe
Pesquisa
Construção coletiva do plano da oficina
Preparação dos recursos
Apresentação do trabalho
Domínio do conteúdo
Comunicabilidade
Mediação das atividades
Adequação dos recursos didáticos


            Nosso grupo - em comum acordo - compreendeu que fomos excelentes em todos os quesitos acima. Sem falsa modéstia, acreditamos que mesmo sendo estudantes de faculdades diferentes, com as dificuldades para nos reunirmos, etc, fizemos a oficina acontecer muito bem. É claro que essa foi nossa avaliação, mas a da professora pode compreender aspectos (e leituras, ela toma nota de tudo (rs)) não percebido por nós, por isso achei melhor por uma anotação na avaliação que entregamos para explicar nosso ponto de vista sobre nosso trabalho.

Bem, esse foi nossa tarde de terça...

Atenciosamente,

Rodrigo Lapa


                                                         

sábado, 12 de novembro de 2011

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Aula 08/11/11

E-mail informativo enviado pela UFBA aos estudantes


SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

PRÓ-REITORIA DE PESQUISA, CRIAÇÃO E INOVAÇÃO



Prezados dirigentes, servidores docentes e técnicos-administrativos e alunos,


   Neste ano de 2011, o Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (CONSEPE) da UFBA deliberou pela inclusão da Semana de Arte, Cultura, Ciência e Tecnologia 2011 (ACTA-11) no nosso calendário acadêmico e, dentro desta semana, pela realização dos nossos Seminários nos dias 08 e 09 de novembro, quando haverá SUSPENSÃO DAS ATIVIDADES LETIVAS EM SALA DE AULA, para que os professores, alunos e técnicos-administrativos da UFBA possam participar com maior intensidade da ACTA 11.

   A ACTA-11 abrigará vários eventos e atividades, inclusive os tradicionais SEMPPG e SEMEP, além de diversos outros eventos de pesquisa, criação, inovação, extensão, ensino de graduação e pós-graduação, arte e cultura, locais, nacionais e internacionais, realizados nos campi da UFBA, da capital e do interior. Neste sentido, estamos convidando todos os membros da comunidade (docentes, técnicos-administrativos e/ou alunos) a participar ativamente desta Semana, cujo detalhamento de eventos e atividades pode ser encontrado no sítiowww.acta.ufba.br.

   Solicitamos especial atenção aos dirigentes, em especial os Diretores de Unidade, Chefes de Departamento e Coordenadores de Curso para que dêem ampla divulgação a este evento da UFBA, fazendo chegar esta comunicação a toda nossa comunidade de servidores docentes e técnicos-administrativos e alunos e incentivando sua intensa participação, fazendo cumprir, em especial, a deliberação do CONSEPE de SUSPENSÃO DAS ATIVIDADES LETIVAS EM SALA DE AULA nos dias 08 e 09 de novembro (terça e quarta-feiras).


Cordiais saudações universitárias,


Prof. Marcelo Embiruçu
Pró-Reitor de Pesquisa, Criação e Inovação da UFBA

Recreio

Sobre as questões da homoafetividade (aula 01/11/11), começarei citando um trecho da música 'À luz de Tieta' do Caetano Velloso;

"Todo mundo quer saber com quem você se deita, nada pode prosperar"

Pronto, está aí a real discussão sobre o tema. Estamos vivendo em um tempo onde, mais que nunca, não estamos transpondo barreira alguma. O que vivemos é a ilusão de transpô-las. Desde que nascemos, somos educados, guiados, ORIENTADOS a nos preocupar com os parceiros alheios. Nada prospera, portanto. Nós temos a OPÇÃO de mudar? Sexo é, como tudo, uma questão de discurso, e sua reflexão uma questão de atitude, frente a essa sociedade religiosa, mesquinha, emburrecida, e - infelizmente (ou por isso mesmo) - sexualmente tosca. Vocês já gozaram na vida?

Outro trecho que vou destacar é o da música "O coco do coco"de Guinga e Aldir Blanc:

"Se tu não peca, meu bem; cai a peteca, neném; vira polícia da xereca da vizinha".

Veja, somos todos "policiais de xerecas". Porque, ao invés de nos preocuparmos com questões realmente significativas, que melhorassem nossa existência nesse mundo, estamos categoricamente discutindo "dar o cu, ou não dar o cu". Eis a questão?????? Eu realmente não posso acreditar no que vejo. Sim, porque eu vejo nas conversas, nos cochichos, nas brincadeiras...vejo gente realmente preocupada com sexo, mas o sexo do outros. Então que preocupem-se, mas façam a gentileza de me retirar da roda.

Se nós trepássemos um pouco mais, e contabilizássemos um pouco menos as trepadas dos outros, talvez começássemos a perceber que NÃO existem gays e héteros, existe GENTE, e suas diferentes ""LIBERDADES" de expressão". "Liberdade", entre aspas, porque o capitalismo (ou mesmo o socialismo) nos impede a completa realização do sentido dessa palavra.

Estou farto das gentilezas da dita maioria da sociedade. Agora você pode casar, mas não pode adotar, não, agora já pode adotar. Eu hein? Quem disse que quero entrar em fluxos hétero-normativos? Sou um ser humano. Não sou uma "coisa" para se pensar sobre. Não adoto, porque não quero filhos me enchendo o saco. E quando me casei, não precisei de papel algum, porque meu legado para os que me cercam será imaterial, e já vem sendo distribuído.

Faço um apelo aos que lerem esse post, desloquem um pouco o olhar, o outro não é sempre tão ruim quanto parece a priori. Diferente é o que é diferente do meu umbigo, percebem essa lógica? Não sou mais diferente que ninguém, nem vejo vantagem ou desvantagem nisso. Vejo o outro. Olho para ele, e mesmo quando ele fala de futebol (que acho assunto inútil), eu ouço e interajo. Enfim, seria melhor se pudéssemos ser menos "policiais de xerecas" e mais amáveis e pacificadores perante às diferenças.

Bom, eu poderia discorrer por muito mais tempo sobre o tema, mas acho que falei o que queria: BASTA de classificações que só segmentam gente de gente. Esse é preto, aquela é mulher, esse é viado, aquele é hétero...quanto atraso de vida!!!!

Atenciosamente,

Rodrigo Lapa   


É o que estou dizendo............

                                                           
                                 Acesso <http://www.youtube.com/watch?v=lueqfPjEQU8>

Aula 01/11/11

Essa postagem será de fato muito delicada, porque não vou descrever a aula, e relatar angústias. Nessa postagem irei contestar a irresponsável abordagem do seminário sobre ‘Diversidades’, quando tratou do subtema ‘Diversidade sexual’.

Outro grupo se apresentou após o acima citado, falaram sobre ‘Pesquisa’. Não pude assistir até o final, porque precisei sair para trabalhar, mas adoraria poder ter visto, porque, pelo pouco que vi, pareceu-me muito bem elaborado.

Voltando ao seminário sobre ‘Diversidades’, a única ressalva que faço sobre o subtema ‘Diversidade étnica’ é que o termo ‘pardo’ não vem de ‘pardal’ como sugeriu a colega, e os pardais não são “primos” dos urubus, nem tampouco carniceiros. Veja abaixo:

A origem do termo pardo, segundo o site http://www.nacaomestica.org/pardo.htm
A palavra ‘pardo’ deriva do latim 'pardus', significando (provavelmente*) leopardo. Durante muitos anos, vem-se usando o termo pardo como grupo étnico do Brasil, mas o mesmo já foi substituído por mestiço no censo de 1890, retornando à expressão ‘pardo’ no censo de 1940 e permanecendo até os dias atuais.
Quem é pardo?
O Brasil adota a auto-classificação para classificar a sua população em diferentes cores: branco, preto, pardo, amarelo e indígena. O termo pardo é mais antigo que o próprio Brasil: na carta de Pero Vaz de Caminha, durante a chegada dos portugueses ao Brasil, em 1500, ele relatou ao rei de Portugal que os indígenas brasileiros eram "pardos, um tanto avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem feitos".
Baseado em “Brasil mostra a tua cara” : imagens da população brasileira nos censos demográficos de 1872 a 2000 / Jane Souto de Oliveira. – Rio de Janeiro : Escola Nacional de Ciências Estatísticas, 2003.
A Escola Nacional de Ciências Estatísticas é instituição pertencente ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE

* Grifo meu – em outras acepções para o referido termo, autores sugerem o uso de ‘pardus’ para felinos com manchas nos pelos em geral.

Claro que isso não anula o efeito pejorativo do termo, obviamente pelo discurso por traz dessa classificação, sua utilização para descrever os povos autóctones do Brasil, também tidos como inferiores durante a nossa colonização.

Quando trataram do subtema ‘Diversidade Religiosa’ foram muito jeitosos, conseguiram evitar conflitos. Estão de parabéns pela habilidade com que trataram esse tema também.

Sim, agora vamos voltar ao papo central desta postagem. Vou começar pelo resultado, o conhecimento construído pelo seminário ‘Diversidade sexual’: se fôssemos os tais alunos da escola pública que tanto tentamos ensinar e amar, estaríamos – os homoafetivos – todos tentando suicídio.

O uso de termos como “lidar com essa coisa”, ou “teremos alunos de sexo indefinido” na fala do expositor é, no mínimo, uma prova cabal de que esse tema não lhe parecia confortável, ele queria fazer a separação entre sexo e IDENTIDADE de gênero (ver Jean Wyllys tratando do tema no programa “A liga”). O problema é que para isso construiu um “gradiente da sexualidade” (eu estou batizando assim), um tipo de régua, no meio GLBTS nós, entre nós e de brincadeira, uma brincadeira de gueto, chamamos de “bichômetro”. Será que ele quis construir um “bichômetro”, meu Deus? Seria mais grave, então. Preciso dizer mais o que? O cara nitidamente não acreditava naquilo que dizia. Estava forçado, desconfortável, e por causa de seu pouco caso, e do seu “bichômetro”, acabou fazendo uma colega se sentir ofendida, magoada. Enfim, só faltou dizer “viado” e “sapatão”, aí sim, ia acabar de completar aquela “conversa de corredor”.

Não estou falando aqui de homofobia, compreendem? Estou falando aqui de descaso. Tantos aspectos para se tratar, e me sai um “bichômetro”? AFFFFFFFFF... eu estou muito tranquilo, pois já criei a couraça que me faz ficar ileso às ofensas vazias, classificações, análises toscas, igrejas ignorantes, dos homens e seus adjetivos, do ódio. Preocupo-me com gente como minha colega (a que se sentiu ofendida), porque vejo como ela parece esmagada, ainda sem concha de proteção...a ela digo que “desculpe por ter que passar por isso”, gostaria que não tivesse passado. Sua intelectualidade pode ser uma arma útil, acredite!

Para finalizar, vou trazer uma leitura simbólica que ocorreu na sala, através da figura da Alessandra, durante a discussão do tema. Ainda durante as discussões, a professora interrompeu as falas, por causa do tempo. Ainda havia outro grupo para apresentar. Mas, embora seja uma professora não tradicional, essa atitude me pareceu “o sistema mais uma vez silenciando a expressão homoafetiva e as discussões de seus aspectos”. O tempo, a necessidade de dar conta de um cronograma, tudo me parece um motivo justo para o silenciamento. Pena! Mas não a culpo, porque não há culpa mesmo! Ainda assim, foi o melhor debate ocorrido até agora durante as oficinas.

Bem, fico por aqui, mas voltarei ao tema na próxima postagem da seção ‘Recreio’, porque vou dar uma ideia do tratamento para o tema ‘Diversidade sexual’, que prefiro chamar de ‘Liberdade individual’.

Atenciosamente,
Rodrigo Lapa  


 TODA MANEIRA DE AMOR VALE A PENA!

   Acesso em: <http://prisimoesm.blogspot.com/2009/12/toda-forma-de-amor-vale-pena.html>



sábado, 29 de outubro de 2011

Recreio

Então, como prometido vou postar um breve comentário que intitulei: 'Amor aos livros', lembrando que esta postagem está relacionada aos debates de gerações da aula passada (Aula 25/10/11).

Para iniciar meus comentários vou fazer uma citação, citarei a mim mesmo (falta de modéstia, eu sei): "é preciso compreender que a inevitável mudança, provocada pelas exigências tecnológicas dessa época, vai abalar, como toda mudança, as tecnologias do passado". Afinal, foi o que vimos durante o seminário 'Didática e Cibercultura'  (Aula 25/10/11).


Ora, os livros por muito tempo, e ainda hoje, são sinônimos do alto conhecimento, e não irei aqui entrar por estes méritos. A questão é que - sem grandes citações a teóricos - livros podem ser compreendidos apenas como um suporte, uma ferramenta, uma mídia...ou seja, o objeto livro propriamente dito, não deveria ser tão fetichizado por nós, uma vez que seu conteúdo, a informação contida em suas páginas, é que são sua principal "essência". Inevitavelmente e invariavelmente, a sociedade se reinventa, recria -se, e é claro que ao galope dos avanços tecnológicos da modernidade, e contemporaneidade, tudo com o que nos relacionamos (ou viemos nos relacionando) sofrerá impactos, a curto ou longo prazo, inclusive os livros.


Para o conforto dos mais apaixonados, muitos teóricos não acreditam na extinção dos livros, pelo menos não para breve. O ser humanos - de maneira geral - não se relaciona muito bem com as mudanças, pelo menos não num primeiro instante, mas quando pensamos por exemplo na fita VHF e no Blue Ray, percebemos que - saudosismos a parte - rebobinar fitas era um atraso de vida, inclusive sujeito à multa em muitas locadoras (rs).


Hoje, como problemas modernos temos - dentre milhões de outros - a velocidade e o espaço: tudo é cada vez mais rápido, e temos cada vez menos espaço (exceto, curiosamente, na virtualidade). Talvez isso pareça condenar os livros a priori, mas ainda não há essa sentença. É claro que o livro virtual ganhará cada vez mais e mais espaço, com os downloads gratuitos, tablets, e computares capazes de armazenar mais livros do que uma biblioteca, mas isso será para gerações muito além da que nos sucederá. A nossa geração passará, e a relação com o objeto livro talvez se extingua em gerações adiante, quem sabe? Agora o que temos são alguns leitores, chamados 'leitores clássicos', que - contra a maré - tentam sustentar o chamado 'prazer de ler', embora saibamos que esse prazer não precise, necessariamente, se dar pelo livro, mas pelo interesse, tipo e/ou qualidade do que se lê. Um poema deixa de ser grandioso, se o for, por ser lido em um tablet? Acho que não.


O que ameça os livros, em minha humilde opinião, são produções cada vez mais defendidas, divulgadas, protegidas, e que ganharam a simpatia da academia (não de todos), chamadas de 'produção cultural popular'. Isso sim ameça, não só os livros, mas toda produção de conteúdo de valor inesgotável. O que vejo hoje é uma imensa riqueza cultural, e uma, maior ainda, pobreza de conteúdos. 


Enfim, nunca mais leremos igual ao nossos avós, nem as mesmas coisas. Particularmente prefiro assim, pois minha geração teve a oportunidade de receber os respingos de grandes obras da nossa história, e em certa medida daqueles que as reinventaram. Sinto pelos filhos dos meus filhos, que não terei, pois esses serão, se amantes da substancialidade de sentido, ilhados pela produção midiática emporcalhada e vazia da atualidade. 


Para terminar gostaria de elucidar duas coisas:


1 - isso não é uma defesa ao clássico, ao cânone, ou o que for.


2 - Livros e filmes, embora dialoguem muito intimamente, são linguagens diferentes, por isso nunca serão cópia um do outro. Isso não é possível de ocorrer por causa das peculiaridades estruturais, de linguagem, enfim, porque são objetos diferentes, realizados diferentemente. Essa colocação aparece aqui, porque foi um dos comentários surgidos durante a defesa do livro, mas jamais poderemos utilizar essa comparação como argumento, nem para defendê-los, nem para atacá-los. 


Atenciosamente,


Rodrigo Lapa        




Segue o exemplo do vazio de sentido ao qual me referi, se tiver paciência veja:


                                                            
                                   Alguém me explica tá, porque eu não entendo....nada contra, ok?
                          
                            Acesso em <http://www.youtube.com/watch?v=Ph-pLZEVWGs>

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Aula 25/10/11

Nesta aula as oficinas começaram. Estas oficinas farão parte das nossas avaliações, por isso estamos todos bastante empenhados. Hoje apresentaram-se dois grupos: o grupo 01 com o tema 'Didática e Cibercultura', e o grupo 02, o qual faço parte eu, Milane, Michelle, Jorge e Vânia, sendo eu e Vânia do curso de Letras, e os demais do curso de Dança. O nosso tema foi 'Interdisciplinaridade'. Vou contar aqui de forma resumida - óbvio - pois compreendi que ambos os trabalhos foram muito bem apresentados e aproveitados, tanto que um dos tópicos, discutidos durante a apresentação do grupo 01, será o próximo tema da seção 'Recreio' deste blog.

Quando chegamos na sala, nossa professora estava reunida com os integrantes do grupo 03, que apresentarão a próxima oficina no dia 01/11/11, mas não sei qual será o tema dessa equipe. Bem, resolvido todos os pormenores antes das apresentações, começamos os trabalhos.

O grupo 01 optou por uma mostra do tema mais próximo da maneira acadêmica tradicional, estilo seminário, mas sem aquele "peso" que os seminários geralmente trazem para nós estudantes, até porque o grupo iniciou com um "bate-bola", e foi desenvolvendo o tema, conforme íamos interferindo nas falas. Muito legal a proposta. Apresentaram slides e vídeos que mostravam a tecnologia de ontem e de hoje, por exemplo, o mimeógrafo X a impressora. Foi muito bom, pelo menos para mim (tenho 33 anos), relembrar desses objetos...

Os componentes iam embasando, ou refutando, teoricamente nossas colocações, e nos mostrou a importância das várias faces da tecnologia, sua importância como ferramenta, mas principalmente como instrumento presente nas nossas vidas, e em maior grau na vida das novas gerações, inclusive dos nossos educandos de hoje.

Esse grupo foi - sem dúvidas - o que gerou maior debate (e polêmicas) nesse dia, isso porque uma das componentes, uma colega muito legal (a que disse que eu era seletivo), mas que infelizmente não lembro o nome (vou corrigir isso depois), é uma pessoa bastante saudosista e amante dos livros. De certa maneira, ela (e um outro colega "ouvinte" da mesma geração), acabaram provocando nos mais jovens um "conflito" de visão de gerações à respeito das tecnologias. Acho lindo o romantismo, e em certo grau o saudosismo, mas é preciso compreender que a inevitável mudança, provocada pelas exigências tecnológicas dessa época, vai abalar, como toda mudança, as tecnologias do passado. Mas esse tema foi tão fortemente debatido, que será ele o tema que quero (porque gostei muito mesmo da discussão) falar na próxima postagem da seção 'Recreio' deste blog. Por isso, aqui, somente farei esse breve comentário sobre a "polêmica".

Esgotado o tempo do grupo 01 (mais ou menos 1h:30min), Alessandra tomou a palavra para apontar outras acepções do valor das tecnologias na formação do educando, sim, formação e não ensino, pois segundo a professora, o maior valor das novas mídias, e espaços virtuais não são apenas seus caráteres de instrumentos de ensino (ferramentas), mas como espaço de voz e produção, onde o próprio educando pode se expressar, enquanto ser que, ativamente, faz a história da sua vida e época. Claro que estou sendo resumista aqui. Fizemos um intervalo...

Chegou nossa vez de apresentar - todos meio tensos - nosso tema. Começamos com uma dinâmica (detesto dinâmicas, mas compreendo suas funcionalidades), trazida pela turma de dança: distribuímos balões de sopro para cada estudante, depois de cheios, os estudantes foram convidados a andar pelo espaço da sala, aquecer os ombros e braços, e depois usar os balões (jogando para cima, equilibrando, jogando para o outro...) para ganhar consciência corporal, de espaço...depois sem os balões e com música, foram convidados a resgatar os movimentos feitos anteriormente com os balões, formando um coreografia livre, gerando, portanto, dança. Bem, penso que se fosse um aula avaliativa na faculdade de Dança, alguns de nós (incluindo eu mesmo) estariam reprovados (rs), mas a dinâmica aqueceu os ânimos, e serviu de estopim para os debates, maneira (debate) que encontramos para tratar o tema. Após a brincadeira, Milane leu um trecho de um livro para embasar teoricamente a função do exercício. Para o tema, nosso embasamento teórico foi - em sua maioria - retirado dos estudos da teórica Ivani Fazenda, aliás muito bem utilizados pela Milane e pela Vânia. Eu, Michelle e Jorge, embora tivéssemos também lido os textos, acabamos meio que "caindo na gandaia" durante as discussões (rs).

Agora sentados em círculo, iniciamos as conversas acerca da interdisciplinaridade, questionamos os currículos da própria UFBA, e como o aspecto interdisciplinar é valioso para a construção de saber, uma vez que mesmo sem saber o nome desse fenômeno, estamos todo o tempo acessando conexões entre conteúdos (e disciplinas) em nossas vidas. Mas uma vez, entendemos que o sistema será um percalço para a execução desta maneira de tratar os conteúdos, mas também compreendemos que, salvaguardando algumas idiossincrasias, cabe a nós - pensadores e atuantes da educação - reverter os quadros desfavoráveis a esta prática. Assim, resumidamente aqui, concluímos nossa apresentação, e Alessandra mais uma vez deu uma arrematada no conteúdo, dizendo que a interdisciplinaridade é um caráter inerente à toda e qualquer área do conhecimento. Nós terminamos o debate em cima da hora (17:00h), por isso saímos todos feito loucos para nossas próximas atividades, nem pudemos (o grupo) nos congratular pelo sucesso da apresentação. Enviei e-mail para todos agradecendo.

Aproveito o espaço para reiterar meu agradecimento, ao grupo 01 pela generosa contribuição ao meu  conhecimento (e acredito que de todos nós), e ao grupo 02 que vencendo os obstáculos, surgidos durante a elaboração do trabalho, conseguiu mostrar cooperação, e com leveza deu - penso - seu recado. Obrigado!

Bem, esta foi nossa aula desse dia...fico por aqui!

Atenciosamente,

Rodrigo Lapa  
   
                                           

                                                               
                  Acesso em: <http://www.youtube.com/watch?v=IJOuoyoMhj8&feature=related>

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Aula 18/10/11

Estudamos as Tendências pedagógicas, para isso, como já mencionado em postagens anteriores, usamos o texto do Cipriano Luckesi 'Tendências pedagógicas'.

Alessandra nos cobrou os slides, que ficamos de concluir em casa, e algumas equipes haviam feito, outras não. Bem, nós fizemos os tais slides, aliás fiquei (combinação do grupo) até muito tarde da segunda para a terça trabalhando no design deles. Infelizmente, não consegui apresentá-los, porque o computador não "leu" meu pen drive. Porém consegui um recurso para postá-los (em nome do grupo) aqui. Usando um programa, eu converti os slides em vídeo...adoro a tecnologia!!!!! Minha alegria é porque eu não sabia que era possível, portanto, adoro o Google também...rssss


                                 
                                                                   
Quando a primeira tendência foi exposta, a 'Tendência Liberal Tradicional', acabou-se instaurando um debate - bem produtivo, diga-se de passagem - sobre esta maneira de ensinar, então ao invés de ficarmos falando tendência por tendência, fomos costurando todas elas, sempre marcando seus choques com a Tradicional. Os grupos falaram de maneira sucinta sobre a tendência que leram (mas todos tinham leitura prévia de cada uma, uma vez que todos leram todo o texto), e construíamos, ou melhor, desconstruíamos nosso olhar perante o modo como muitos de nós fomos educados.

Claro que há sempre os que, por um razão, ou outra, preferem manter alguns tópicos da maneira tradicional de ensino, mas o que se pode perceber é que em todas as falas aprecem dois grandes "vilões" (odeio maniqueísmos), que tentam manter o conhecimento como privilégio de poucos: o sistema e a infra-estrutura.

Quanto ao sistema, temos realmente um grande problema, mas sempre me pergunto se não podemos - por vezes - burlar suas regras, ou melhor, se por muitas vezes, em nosso cotidiano, não o fazemos. Por exemplo, da mesma maneira que somos massacrados de tarefas, regras, rotulações, entre outros; todos conseguimos nos pensar, ainda que só de vez em quando, livres, humanos, cansados...ainda que nossos paradigmas estejam - de algum modo - ligados ao próprio sistema. Pessoalmente, acredito que se uma única vez durante todo um ano letivo, eu puder discutir um aspecto, um que seja, para a construção do caráter dos educandos, e não do mero "ensino" de conteúdos, darei minha tarefa de educador como feita. Isso porque de forma bastante pessoal, sou alguém que vive burlando o sistema  em alguns aspectos (em alguns dos seus discursos hegemônicos), curiosamente até mesmo sou um  "fora da lei". Já pensou se eu fosse deixar de amar, porque o sistema, as convenções e regras me dizem que sou errado na expressão da minha maneira de amar? Agora, pensando nisso, me pergunto se poderia burlar o sistema, se isso fosse beneficiar o outro, ao invés de mim mesmo. Teria essa disposição e interesse? Egoísmo, ou altruísmo? Deixo em aberto as reflexões...

Sobre a infra-estrutura das escolas (estou nivelando por baixo a questão), minha pergunta é: somos, ou não somos o povo do "jeitinho"? Acho que um pouco de criatividade pode ajudar essas questões, claro que não falo em paliativos e conformismo, mas de ação. Estou me sentindo tão freiriano...mas é sério, acho que somos capazes de reinventar, especialmente porque se não o fizermos, vamos cair no "discurso do professor cansado da escola pública", mas ainda estamos novos demais para isso...rs.

Ao ponto-final (figurativo, pois o ponto-final não existe para esse tema) dessa discussão, de uma maneira geral, todos nós compreendemos a importância da atitude - principalmente política - frente à edução. Parece que já não é mais possível replicar o modelo falido dos depósitos de conteúdos (Cara, o próprio Paulo freire falando - rs - tô me sentindo como na música; "Quem te viu, quem te vê" do Chico Buarque), porque não vivemos mais na mesma sociedade dos nossos avós, nossos pais, nem mesmo, para alguns da sala, inclusive eu mesmo, a sociedade da nossa infância. Afinal, uma vez disseram..."tudo se transforma".

Ao final da aula, o grupo 01 e o grupo 02 (o qual faço parte) se reuniram com a professora para orientação e acerto das oficinas, que serão apresentadas próxima aula...estou ansioso e nervoso...os temas serão 'Didática e cibercultura' e 'Interdisciplinaridade', respectivamente. Não poderei comentar os detalhes, pois estes devem ser surpresa para a turma, mas já adianto que gostei.

Bem, por hoje é só...

Atenciosamente,    

Rodrigo Lapa

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Aula 11/10/11

         Então, encerramos, nessa aula, a primeira unidade desse semestre. Alessandra apresentou uns slides que arremataram todo o conteúdo estudado. Revisitamos todos os temas tratados, e que estão postados aqui.O legal dessa ideia foi que pudemos ter uma visão panorâmica dos assuntos e suas conexões.
         Fizemos uma dinâmica para iniciar a aula. O objetivo era atentarmos para a importância do 'olhar'. Andamos em silêncio pela sala, apenas deveríamos olhar bem nos olhos uns dos outros. Num segundo momento, deveríamos dizer baixinho, no ouvido de quem nos comoveu, durante a caminhada silenciosa, uma palavra ou frase, enfim, o que nos conviesse. Houve quem não disse nada, houve quem não escutou nada...eu, por exemplo, não ouvi nem disse nada, expressei isso ao grupo (a professora perguntou), e uma gentil colega veio e sussurou: "te acho muito seletivo". Após este momento, Alessandra perguntou ao grupo sobre a experiência, e aí cara colega (minha gentil colega do sussuro), entra o meu problema: eu sexualizei todos vocês, um sinal que, talvez, eu não seja tão seletivo (somos numerosos) assim. Fiquei em silêncio durante o papo, porque só pensei em sacanagem durante o exercício, uma orgia só. Por esse motivo, preferi me abster de comentários.
         Passado meus devaneios, durante as leituras da dinâmica, uma colega levantou a questão do olhar, a dificuldade e constrangimento dessa ação, então a professora montou uma cena onde dois alunos se olharam fixamente nos olhos, e apenas movendo suas cabeças (para baixo, para cima, para o lado...), como observadores construíamos uma nova leitura da cena. Gostei muito.
         Sobre o 'ouvir', também foi solicitado uma leitura, e surgiram angústias. Durante nosso diálogo, fiz uma participação (embora não seja muito do meu estilo, já disse), mostrando com uma encenação - eu e Alessandra - o 'exercício do feedback', uma dinâmica que promove, se der certo, a limpeza de mágoas; como dizer coisas duras, ou difíceis, para alguém; solicita que o outro se desarme frente às críticas...todos parecem ter gostado, e isso me ajudou a esquecer aqueles meus pensamentos picantes. Ah, isso nunca dá certo com namorados e maridos, viu garotas? (rs)
         Ah, tudo isso ocorreu, porque o tema da aula era 'Construção da identidade docente', justamente utilizando o texto 'Tendências pedagógicas na prática escolar'  do Cipriano Lickesi - aquele que a maioria não havia lido na aula passada,  e que já nos retratamos - e utilizando os slides, os já feitos pela professora, e os que vamos construir. Na verdade já começamos, pois esse foi o próximo passo da aula.
         Alessandra reuniu os grupos das oficinas para completarmos com novos slides sobre  as tendências pedagógicas, aqueles que ela utilizou para amarrar os conteúdos. Antes de irmos para o laboratório, a professora dividiu as diferentes tendências entre os grupos. O grupo que faço parte (grupo 2 - interdisciplinaridade), e que ganhou uma nova integrante a Vânia, ficou com a 'Tendência Liberal Renovada Progressivista'. Enquanto trabalhávamos nos slides, Alessandra estava reunida  com o grupo 1 na sala, porque eles irão apresentar a oficina na próxima aula...estou curioso. Bem, os slides ficaram prontos, mas quando mostramos para a professora, ela nos orientou para os problemas de nossas composições, e pediu para ajeitarmos em casa, assim a apresentação ficou para próxima aula.Fim da aula.

       Bem, por hoje é só....

Atenciosamente,

Rodrigo
             




                                                                             

sábado, 15 de outubro de 2011

Recreio

Li em um blog: ‘A arte de ensinar’...depois de ler, pensei: A ARTE (???) de ensinar?????

São estas visões (já um clichê no meio) que me deixam boquiaberto! Qual arte? Ensinar é um OFÍCIO! Nada há – tecnicamente – de artístico nesse exercício PROFISSIONAL.

Vou criar uma tendência pedagógica chamada: ‘Você não é especial (um assinalado), professor, é um empregado (nesse nosso sistema), portanto trabalhe (valendo-se do que quiser para isto, inclusive da Arte), ganhe dinheiro, brigue por seu status na sociedade... e cobre sempre ($) por isso’.
A visão de ensino enquanto trabalho artístico é/está tão difundida, que, curiosamente, interfere na concepção do valor do professor*. Esta visão do ‘ensino-arte’ gera incríveis incongruências de percepção, como exemplo, um professor que, certa vez, ouviu de uma aluna:

(Aluna) – Professor, o senhor não trabalha não, né? Só dá aulas.

(Professor) – (respirou fundo, já cansado do dia de trabalho, sorriu com certa ironia, e respondeu) Não, querida, atualmente eu não tenho trabalhado não, só tenho dado aulas. – depois foi enfrentar seu ônibus super lotado.

* Pensemos na equação para a questão do valor do professor:

Exercício da sua própria intelectualidade => em sua contribuição social, portanto (Capitalismo), => a remuneração do serviço

O símbolo ‘=>’, lê-se ‘implica’

Sendo assim,  criarei, além da tendência acima citada, a máxima – perdão pelo trocadilho – para os amantes do ensino-arte:
“ENSINAR É SURREAL” (rs)

Fica o conselho para todos nós estudarmos o tema: ‘O que é arte?’ // ‘Para que arte?’, talvez isso nos ajude com a questão aqui conversada.

Trago esta discussão para lembrar que a área de educação está cheia de 'lindas frases de valorização', que ao capitalismo (os que mandam) servem para manter profissões, vistas como menores, ou que devem ter mão-de-obra barata, no patamar financeiro/social que julga correto. Portanto, vamos abrir os olhos e combater estes paliativos discursivos (ex: eu sou pobre(mas)de valor), que servem para a manutenção das engrenagens do capitalismo, uma vez que se somos artistas, porque não estamos todos ricos, já que é este nosso sistema? "Boa arte" é cara! 

Vamos pensar?

                                                                

Atenciosamente,

Rodrigo Lapa
                                                            

Aula 04/10/11


O tema desta aula foi (ou seria)‘Tendências pedagógicas’ do Cipriano Luckesi. A professora chegou atrasada outra vez (isto não é um problema, viu?), mas terá que acrescentar refrigerante aos pães de queijo que trará como prenda pelo atraso na aula anterior. Inclusive ela solicitou ajuda para organizar estas prendas, e eu, particularmente, terei que pagar algumas (rs).
Os alunos, no geral (pois eu e outros lemos), não leram o texto solicitado, e, é claro, isso comprometeu – pelo menos em minha visão – o aproveitamento deste conteúdo. Isso porque fomos reunidos em grupo (os mesmos das oficinas) para discutirmos, mas como discutir o não lido? Acabamos falando de outras angústias. Alessandra não conseguiu falar com nosso grupo (ela visitou dois dos 9 (eu acho) grupos), pois o tempo da aula acabou. Para finalizar, a professora pontuou a importância da leitura prévia dos textos solicitados. Os alunos – como sempre – tem uma boa razão para NÃO fazer suas obrigações de estudantes, nem leram, nem visitaram a escola (eu fiz ambos, caxias, né?) (rs). Em vista do ocorrido, adiamos o estudo do texto para a aula seguinte.
O mais curioso neste dia, para mim, foi o comentário de uma colega sobre a (suposta) visão geral dos estudantes em relação à disciplina Didática. Ela disse que para a maioria EDCA11 não é considerada como uma matéria importante. É claro que ela disse que – pessoalmente – já havia mudado de opinião, mas, ainda assim, pergunto-me como futuros professores compreendem que o estudo (teoria) do seu ofício não é importante.  
Enfim, este dia não foi um dos mais positivos, na verdade, achei que aquela tarde poderia ter sido melhor aproveitada, mas gosto das aulas da Alessandra, por isso sempre vale o contato...

Atenciosamente,

Rodrigo Lapa

P.S. – Encontrei o vídeo sugerido (acho que é este) pela Alessandra para refletirmos sobre o problema do tempo, principal argumento de nós alunos para não lermos os textos. Na verdade ela sugerirá este vídeo na aula do dia 11/10/11, mas como estou postando as aulas com um pouco atrasado, vou – porque penso ser pertinente – postar este vídeo nesta aula, só mesmo para organizar o blog tematicamente.  

Planejamento e Organização do Tempo - Futura



                                                                      

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Aula 27/09/11


Humor&Reflexão

   
        Não tivemos aula...  a professora viajou a trabalho  

domingo, 25 de setembro de 2011

Aula 20/09/11

      A professora Alessandra se atrasou um pouco neste dia, porque está coordenando um evento que não lembro agora qual é. Enfim, ela se atrasou, e, como anteriormente combinado pela sala para os que se atrasam ou faltam, deverá pagar uma prenda, no caso da Alessandra, ela trará pão de queijo para todos. Neste dia, por exemplo, um aluno (desculpe, mas não lembro o nome) trouxe laranjas do interior onde mora (eu acho) como pagamento pelo seu atrasado na aula anterior..

    O primeiro movimento nesta aula foi uma dinâmica sugerida pela Alessandra, chamada de ‘jogo do nó’. Ela nos contou sua experiência com o jogo, realizado por ela e os colegas, quando estudava no CEFET, com a função de aliviar o estresse. Veja o vídeo - retirado do youtube - para ver como funciona.



                                          
                       Em nossa sala foram formados dois grandes grupos, depois de montarmos o nó, começamos a tentar desatá-lo. Um dos grupos rapidamente o fez, mas o grupo ao qual eu pertencia não obteve sucesso. Eu também já conhecia este jogo, porque certa vez fiz uma terapia de grupo, e a terapeuta utilizou esta “brincadeira” conosco. Como já falei anteriormente, não costumo falar em sala de aula, mas vejam, tentei sugerir uma organização para o tal nó humano. Isso porque pela orientação da Alessandra, o nó deveria ser montado (conscientemente); mas sob a orientação da terapeuta, deveríamos memorizar quem estava à direita, e quem estava à esquerda, andamos (de mãos soltas) pelo espaço e, dado certo comando, paramos e nos ligamos outra vez aos vizinhos corretos (direita e esquerda), assim por este viés, o nó se forma, surge.

Enfim, a professora não aceitou esta lógica, talvez porque ‘memorizar’ seja violento (será, Lu?) – rs. O fato é que, enquanto eu procurava pelo vídeo (acima), encontrei um site que descreve o jogo: função e realização, e vejam senhoras e senhoras, não é que eu (e a terapeuta - rs) estava certo em minha sugestão - rs? Grifo meu.

‘OBJECTIVO GERAL: Estímulo ao raciocínio e ao trabalho em equipa OBJECTIVO ESPECÍFICO: Desmanchar um nó feito com pessoas. MATERIAL: Nenhum. COMO APLICAR: -Todos os participantes formam um círculo dando as mãos. Cada um verifica quem está à sua direita e à sua esquerda. Isto é muito importante, pois pode haver confusão depois, portanto, peça que cada um fale alto para si e para os outros: “João está à minha direita e Ana, à minha esquerda”, etc. - Diga para soltarem as mãos e caminharem pelo espaço, aleatoriamente, até ouvirem um sinal (palma ou assobio). Ao ouvi-lo, todos param EXACTAMENTE ONDE ESTÃO. - Agora, sem sair de suas posições, deverão dar sua mão direita para quem estava à sua direita e sua mão esquerda para quem estava à esquerda. Vai se formar um nó de pessoas, e deverá ser desfeito, voltando o círculo à posição inicial, sem que ninguém solte as mãos.’


Fonte: não vi nome de autor para o texto acima, mas segue o link.  Jogo do nó humano. Disponível em:
  
            Realizada desta maneira, o nó SEMPRE desatará. É claro que houve leitura de grupo após o exercício.  Ah, lembrando que – como dito em outra postagem – não fico muito confortável com este tipo de atividade em sala.


           O segundo passo neste dia foi a entrega dos memoriais (física ou virtualmente (MOODLE)), uma das ferramentas avaliativas da disciplina. O tema do memorial é o resgate do nosso processo de formação escolar. A professora nos orientou sobre o valor atual dos memoriais para, por exemplo, ingressar em projetos, vagas de professores (UFBA), etc. Entreguei o meu memorial impresso e no prazo. Depois o grupo falou sobre a experiência de escrever sobre esta fase da vida, e foi muito interessante como muitos ficaram verdadeiramente mexidos com as lembranças que relataram no trabalho. Abaixo segue alguns links deste exercício com o já estudado até agora:

AUTO-CONHECIMENTO e CRÍTICA – pareceu-me unânime a conscientização do grupo para o valor da crítica no processo de ensino. Olhando para trás, ninguém ficou passivo diante de suas lembranças, e, certamente, utilizaram destas reflexões como espelho para suas próprias práticas futuras (ou atuais) de ensino.

NÃO REPLICAR ERROS – outro ponto unânime. Não replicar os erros cometidos por nossos educadores, uma vez que cada um reconheceu a marca deixada por uma boa ou má influência daqueles sobre nossas vidas.

IDEIA DO PROFESSOR AUTÊNTICO (Paulo Freire e Luckesi) – parece que na grande maioria dos relatos (orais em sala), foi este tipo de profissional que mais marcou positivamente cada relator. Ou seja, os professores comprometidos tanto consigo (ideologias), quanto com os seus alunos (seduzir e guiar), embora em menor número nos relatos (nos orais pelo menos), parecem que estão por aí.
         
            O meu trabalho – confesso – também foi prazeroso de fazer, mas não fui tão profundamente tocado pelas minhas lembranças, talvez porque tenho o hábito de reler minhas impressões do passado, além de não deixar arestas por aparar. Fui educado – quase sempre – pelo método tradicional, mas – fora o “saco cheio” para aqueles estudos – agradeço aos depósitos (educação bancária). Sinto que, na maioria das vezes, sou correspondido pelos conteúdos que aprendi, decorei, que fui avaliado, enfim, tendo sido agressivo ou não, quando preciso das informações para alguma prática, tenho obtido resultados satisfatórios.   

             Bem, aqui encerro por hoje. Deixo abaixo as orientações da professora da aula seguinte, como prévia temática da próxima postagem:

Dia 27/09/11 – não haverá aula, porque a professora viajará para um encontro de educadores, algo vinculado à FACED, não lembro o que é.

Dia 04/10/11 – leitura do texto ‘Tendências Pedagógicas’ do professor Cipriano Luckesi. Eu já li, e gostei muito, achei muito elucidativo. Estou empolgado para falar do tema.

Como não haverá aula, os grupos das oficinas deverão, nesta semana, assistir a uma aula numa escola, pública de preferência, e emotivamente conectada conosco. Vamos fazer um roteiro para analisar a aula que vamos observar, dentro dos temas das oficinas (e já estudados também), no meu caso ‘interdisciplinaridade’.

Atenciosamente,
Rodrigo Lapa 

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Recreio

Oi, estas postagens chamadas de 'Recreio" , serão aquelas postadas num intervalo entre uma aula e outra. Vou utilizá-las como reforço das discussões até agora pontuadas aqui, seja por mim, ou pelos que participam.

Nesta inauguração, postarei um dos comentários que recebi, porque sei que a maioria das pessoas não acessam os comentários dos blogs, que achei muitíssimo interessante. Quem postou este comentário foi um membro do meu blog chamada Lu. Com incrível poder de síntese, ela falou tudo o que eu - prolixamente - venho tentando dizer...

"Às vezes tenho a impressão de que o professor tem que ser místico. Acho que é isso que as pessoas esperam: um ser místico capaz de, como um médico, “apalpar” os miolos de uma pessoa, diagnosticar seus anseios intelectuais, seus saberes já existentes, suas lacunas (tomara que a minha coordenadora não saiba que eu penso que o aluno tem lacunas em sua cabeça) e, com muita sensibilidade e amor, comece um tratamento feito sob medida para aquele ser. Um tratamento indolor, sem contra-indicações que não prive em nada o paciente-aluno dos seus interesses pessoais. Ah! Quase esqueci. Esse tratamento não pode ter exigências, nem recomendações, nem horários, caso contrário, já é violento. Afinal de contas educar é um ato de amor (mas tem que ser amor incondicional!)."


Concordo. Tenho a mesma impressão sobre os estudos desenvolvidos (academia) para área de Educação de uns tempos para cá. Mas sinto que meus conhecimentos tem (não consigo me acostumar com 'eles tem', ao invés de 'eles têm') crescido muito acerca destas acepções do 'pensar o ensino', e até já me encontrei numa tendência. Isso quer dizer que, mesmo compreendendo a necessidade da mudança, percebo que é como se escolhe, e o que se escolhe como diretriz que nos angustia assim, Lu. Não é que não podemos amá-los, mas é que estão anulando - erradamente - a importância da frustração, da angústia, da ruptura (embora falem de ruptura em outro âmbito), ou seja, estão ignorando a importância dos nossos sentimentos não-cristãos (ou cristianizados), para a formação de gente mais "in natura", humanos humanizados,  compreende?    
Às vezes penso que o Secretário de educação de Salvador põe diferentes propostas educativas (que prestigiem o modelo comentado na citação acima) numa caixa, sacode e sorteia. A sorteada é, então, a moda da vez. Nunca se conclui, nem se soluciona problema algum.


Bem,  o 'Recreio' fica por aqui , espero que gostem...


Atenciosamente, Rodrigo  



Para divertir um pouco destas tensões todas...afinal, é o recreio!!!!






Aula 13/09/11

Então. De volta ao blog para comentar a aula do referido dia, mas antes agradecer aos comentários postados pelos membros, ou não, do blog. Valeu! Nesta aula assistimos ao filme ‘Quase deuses’, segue a ficha técnica para os interessados.

Ficha Técnica
título original:Something the Lord Made
gênero:Drama
duração:1 hr 50 min
ano de lançamento: 2004
estúdio: HBO / Nina Saxon Film Design
distribuidora: HBO
direção: Joseph Sargent
roteiro: Peter Silverman e Robert Caswell
produção: Mike Drake e Julian Krainin
música: Christopher Young
fotografia: Donald M. Morgan
direção de arte: Halina Gebarowicz
figurino: Karyn Wagner
edição: Michael Brown
efeitos especiais:Digiscope

            Agora segue um resumo, retirado da resenha de um site chamado ‘Café com filosofia’, escrita pelo licenciado em filosofia Erisvaldo Correia. Estou utilizando, como dito, somente a parte do resumo, sem a parte da crítica por questões do tamanho do texto. Também quero explicitar que eu interferi, apagando algumas partes, pelo mesmo motivo citado. Para aqueles que quiserem ver a resenha na íntegra, segue ao final do resumo o hiperlink do site. Este resumo foi postado, para que aqueles que não assistiram ao filme possam saber do que trata sua trama.   

Resumo

“O filme Quase Deuses narra a história real (BASEADO na vida real, pois nenhum filme, ou obra de ficção, narra a 'vida real' - grifo meu)de Vivien Thomas (1910-1985), um afro-americano e do Dr. Alfred Blalock (1899 – 1964). O foco deste filme é a narrativa da Segregação Racial. Nos EUA daquela época, os negros eram discriminados, separados como raça inferior.
Vivien Thomas era um jovem carpinteiro da cidade de Nashville no ano de 1930. Ele é demitido quando chega a Grande Depressão. Ele consegue um emprego para ser zelador no Laboratório de Cirurgias Experimentais Vanderbilt. Lá ele começa trabalhar para o Dr. Alfred que logo vê nele uma pessoa de grande talento.
Ao lado do grande Dr. Alfred, Vivien tem a chance aprender muitas coisas. Pesquisas e experimentos são realizados pelos dois trazendo grandes resultados.
A história avança e por volta do ano de 1945 o Dr. Alfred Blalock se torna o novo presidente e chefe do departamento de cirurgias do Hospital Universitário John Hopkins. É claro que Vivien vai junto com o Dr. Alfred para auxiliá-lo nos laboratórios. Logo o Dr. Alfred assume a missão de pesquisar uma solução para uma doença conhecida como o caso do Bebê Azul, manifestada por um problema cardíaco. 
Juntos eles mudaram o rumo da medicina. Juntos eles desenvolveram um grande feito. Mas a critica do filme gira em torno do fato de que apenas o Dr. Alfred ficou com os créditos. Para o resto da sociedade Vivien Thomas não era médico. Vivien consegue de certa forma seu reconhecimento. Os anos passam e ele se torna o Diretor de Laboratórios do Hospital.” (Erisvaldo Correia)

CAFÉ com filosofia. Quase deuses. Resenha de Erisvaldo Correia. Disponível em:

             Após a exibição do filme, fomos agrupados para as discussões. Nós temos um grupo fixo que servirá para outras atividades durante todo o curso. E foi este grupo que trocou leituras, em um primeiro momento entre seus membros, em um segundo momento com auxílio da nossa professora Alessandra (somente nós e ela). Ah, o grupo (grupo 2) ao qual pertenço é formado pelos graduandos em Dança: Milane, Michelle e Jorge (Oi, Gente!). Faremos no futuro uma oficina com o tema interdisciplinaridade.
            Como sou da área de Letras, fiz uma leitura muito focada na linguagem, no discurso por trás do discurso, nos símbolos, é um meio que um vício da área, mas percebi que este caminho não era muito pertinente à matéria, então, somente após a direção de leitura feita com o auxílio da Alessandra, eu foquei. Então meus comentários estão neste foco...
            A trajetória de aprendizagem da personagem Vivien traz questões relativas principalmente: ao papel do professor-aluno (e sua inversão), oportunidade, acesso, inclusão...enfim, alguns importantes tópicos tratados até aqui nas discussões da nossa disciplina EDCA11.
              Protegido pela ‘Tendência progressista libertária’ de educação (porque não quero fazer este trabalho agora), confesso que não estou muito estimulado para análises sobre o filme, portanto vou – em tópicos – descrever algumas ideias centrais que eu trataria, se eu fosse tomado por esta discussão. Ah, falaremos aquela e outras tendências mais adiante, porque discuti-las me parece – pelo menos agora – mais estimulante. Voltando aos tópicos:

1) Destacar a ‘trajetória’ do protagonista na aquisição do saber científico aplicado à Medicina: não submisso, curioso, estudioso...;

2) Lugar de aprendizagem: bastidores do centros acadêmicos, ambiente, interno e externo, hostil;

3) Aprendizado só ocorre, com sucesso, devido – primeiramente – ao interesse do protagonista pela disciplina;

4) Algumas angústias: por que o médico (professor-educador) não custeou a faculdade para o protagonista? Por que não melhorou efetivamente (capitalistamente) seu padrão de vida, para facilitar seu (Vivien) percurso na aprendizagem? Altruísta, educador, ou caridoso? 

5) O aprendiz busca reconhecimento – lembrar sempre disso em sala de aula

            Bem, estes são alguns tópicos que eu discutiria sobre o filme. Mas penso que aproveitamos em sala, essa e muitas outras acepções dentro da trama, isso porque num terceiro momento, a professora dissolveu os grupos para compartilharmos nossas impressões com todos. Assim, penso que cumprimos a proposta com o filme, mas que como disse anteriormente, não considerei - isso é só uma opinião - um dos mais interessantes temas que a disciplina proporcionou e proporcionará, aí não quero me alongar no tema.  Por isso...vou ficando por aqui...

Atenciosamente,

   Rodrigo Lapa



                      Ah, peguei essa foto lá na resenha do Erisvaldo Correia (só para referência mesmo)